Mais uma edição de uma das rubricas de que mais gostamos e mais nos motivam, mais 5 tareias gigantes de outros tantos novos nomes para decorar ao nosso pequeno questionário de-Proust-que-não-é-de-Proust: Sr. Inominável, Acid Acid, The Missing Link, Surma e Yellow Low. Desta vez, 5 rampas de lançamento bem diferentes que estão mais próximas de vós a um mais curto prazo.
Porque estes são "Talentos Para A Troca", façamo-los maiores e tenhamos a certeza de que mais surgirão.
São moedas de troca para um futuro em que haja eco de algo.
Sr. Inominável
Porquê Sr. Inominável?
A motivação para o nome é a criação de um personagem que procura respostas, sobretudo para o amor. Um agitador e um agitado. Partindo da obra de Samuel Beckett, 'O Inominável'.
Como definem a música que produzem?
Corpo 'roque' com alma 'pop'.
Qual é a vossa melhor canção?
'Corre Por Aí'.
Pensam que, hoje em dia, a música que criam é mais importante do que a comunicação e o marketing que têm de fazer para a promover?
A música é o principal. Trata-se daquilo que, para além da amizade, nos faz ter prazer em estar juntos. No entanto, toda a divulgação e a forma como é feita para tentar sensibilizar, emocionar as pessoas não é menos importante.
De que revista não se importariam de estar na capa?
Pitchfork.
Primavera Sound, Glastonbury ou Lowlands?
Primavera Sound.
Spotify, Pandora ou Grooveshark?
Spotify.
MP3, FLAC, WAV ou vinil?
Comprar discos.
Que nem o Prof. Marcelo, sugestões de cultura (literatura, cinema...) musical?
Cinema: 'Kynodontas' (2006).
Literatura: Dostoievski - 'Crime e Castigo'.
Musical: Festival de Paredes de Coura (sobretudo ao fim da tarde).
Qual é a pergunta mais irritante que vos podem fazer?
A clássica pergunta das influências.
5 canções para 5 cenários/situações diferentes?
Encaixando músicas em estações do ano:
Toro y Moi - Talamak: para a Primavera.
Real Estate - It’s Real: para o Outono.
Twin Shadow - Castles in the Snow: para o Inverno.
Beach House - Walk in the Park: para Outono/Inverno.
Metronomy - The Bay: para o Verão.
O nome surgiu após um 'brainstorm' com os amigos da Nariz Entupido. Aliás, foi a
Como defines a música que produzes?
De forma muito simples defino como experimental e ambiental. É inspirada pelos sons
Qual é a tua melhor canção?
Neste momento Acid Acid só tem uma música, por isso não existe propriamente uma
A música é sempre o mais importante e quem pensa o contrário, na minha opinião,
Todos, por diferentes razões.
MP3, FLAC, WAV ou vinil?
Gosto de ouvir música em vinil, mas não sou apologista de que toda a música deve ser ouvida neste formato. A música deve, sim, ser ouvida no formato mais aproximado em que foi gravada. Conheço óptimos discos que têm um som muito mau na sua edição em vinil, por isso não alimento essa questão.
'Pink Floyd: Live At Pompeii' e o DVD dos Led Zeppelin que saiu em 2003.
Qual é a pergunta mais irritante que te podem fazer?
Não me irrito facilmente.
5 canções para 5 cenários/situações diferentes?
Pink Floyd - The Dark Side of the Moon (álbum): para curar ressacas.
O conceito de The Missing Link (o elo perdido/o elo que falta) assenta em dois princípios base:
Como antes descrevi no conceito, a forma das composições do projecto pode variar muito, sendo muitos dos temas em formato canção e estendendo-se até alguns exercícios de puro experimentalismo. O mesmo diria quanto ao exercício estético onde os limites da composição electrónica ao 'rock' são constantemente confundidos.
Eu acho que o produto da arte em si é sempre o mais importante, aquilo que o artista quer transmitir e partilhar e efectivamente o faz através da expressão da sua arte seja ela qual for, [esses] são o busílis desta questão. A 'promoção' e o 'marketing' são muito importantes na sua promoção e muitas vezes produtos de arte em si só também, cada vez mais, num Mundo onde a proliferação da comunicação em todas as suas formas cria um ruído informativo cada vez maior e mais denso, a promoção e o 'marketing' adquirem a função de [ir] além de procurar apresentar da melhor forma possível esse produto de arte e necessitam de conseguir que essa promoção seja filtrada no meio de todo o ruído existente.
De que revista não te importarias de estar na capa?
Rolling Stone?..
Primavera Sound, Glastonbury ou Lowlands?
Entre o Glastonbury, pela história, ou o Lowlands, pelo crescente prestigio, seria sem dúvida um prazer estar em qualquer um dos dois; no Primavera Sound também mas, dados os hábitos de consumo de arte em Portugal, acredito que me seria muito mais fácil tocar no Primavera Sound depois de ter participado em qualquer um dos outros festivais.
Spotify, Pandora ou Grooveshark?
Dos três, apesar de toda a polémica à sua volta, o Spotify parece, para já, ter sido o projecto que mais esforço tem feito em desenvolver alguma transparência no que diz respeito à gestão dos 'royalties' atribuídos aos artistas e daí talvez merecer o destaque. Parece-me um modelo de negócio com futuro mas que muito ainda precisa de crescer para se tornar um modelo justo para os artistas que têm visto durante os anos tanto do seu trabalho ser explorado por intermediários e onde apenas lhes chega uma fracção ínfima dos lucros gerados pelas suas criações. Mas, sem dúvida, o primeiro problema a resolver antes do paradigma dos meios de venda da música em si será o das percentagens irrisórias dadas pelas editoras aos seus artistas, pois as editoras criam contratos benéficos com estas plataformas mas os seus artistas nada ou quase nada vêem dessas receitas.
MP3, FLAC, WAV ou vinil?
A minha aposta aqui vai sem dúvida para o FLAC. O FLAC é um sistema de compressão de ficheiros de áudio sem perdas, o que quer dizer que é um ficheiro com as mesmas características de um WAV mas mais pequeno.
Gostaria de começar por destacar dois projectos de 'rock' nacional cuja recente experiência ao vivo me deixaram impressionados da melhor forma possível: os portuenses Plus Ultra, cujo nome não poderia ser mais claro na descrição explosiva e coesa do seu som; e os bracarenses Bed Legs com o seu 'rock' directo e intensamente 'soulful'.
Qual é a pergunta mais irritante que te podem fazer?
Não me irrito com facilidade, mas talvez alguma que deliberadamente não seja feita para eu responder.
O porquê de Surma...eu tinha imensos nomes em mente para este projecto mas houve um dia em que estava a ver um episódio da Discovery em que falavam dos costumes e dos rituais das tribos indígenas e uma delas denominava-se Surma. Quando ouvi o nome fiquei deveras interessada nele (risos), pareceu-me bastante interessante e que ficava no ouvido. Então, optei por riscar os outros e mandar-me para a frente com este nome.
Não gosto muito de dar 'labels' ao género musical que sai no momento...pode-se dizer que é bastante experimental/'noise' e um pouco minimalista mas ainda não sei em que género se enquadra especificamente nem consigo 'labelar' isso (risos)...
Qual é a tua melhor canção?
Não me importava nada de estar na capa da Blitz (risos) ou então de uma DIY.
Pode enquadrar-se em vários géneros mas não toma partido de um em concreto. Inicialmente definimos o projecto como indie-rock que reúne o alternativo, progressivo e psicadélico mas está ainda numa fase embrionária para ser definida.
A que ainda não foi feita!
Damos maior importância ao que criamos, é isso que nos move, que nos motiva!
A promoção só compensa quando o que tens para promover é bom.
BLITZ, MOJO.
Queremos é tocar.
Não utilizamos nenhuma delas de momento.
Cinema: quase todos os filmes de David Lynch; '9$99', de Tatia Rosenthal; 'Irreversible', de Gaspar Noé; 'Mother and Son', de Aleksandr Sokurov.
Depende da pergunta.
DIIV – Doused: adolescentes largados num lugar chamado Ignorância.
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