quinta-feira, 2 de abril de 2015

TALENTOS PARA A TROCA #4

Deepbreathers, Peão Ilustre, VANGER, Branco, SEASE. 5 nomes a reter, representando indivíduos ou grupos em bicos de pés, os 5 que completam uma pequena lista de 20 com margem de progressão infinita e perseverança para demonstrar em palco, em estúdio ou pura e simplesmente no seu comportamento como novas e pequenas estrelas a espreitar o seu crescimento e transformação. É por isto e muito mais que o nosso tempo é mais valioso e o seu mais valoroso.
Porque estes, estes são talentos para a troca: façamo-los maiores e tenhamos a certeza de que mais surgirão. São moedas de troca para um futuro em que haja eco de algo.





Porquê Deepbreathers? 

O nome Deepbreathers surgiu numa aula de Inglês, por incrível que pareça, onde um colega do Kiko respirava profundamente. Foi um neologismo fabricado na hora e seria, inicialmente, o nome de uma música.





Como definem a música que produzem? 


É um pouco difícil de se definir. Neste momento diríamos "embrionária". Ainda está em processo de desenvolvimento. Mas de certa forma, já se pode considerar experimental. Tentamos trazer a um estilo de fusão pouco convencional algumas melodias e esquemas de outros estilos.



Qual é a vossa melhor canção? 

As nossas opiniões variam um pouco. Como só gravámos ainda dois temas e nos é difícil preferir um deles, [...] talvez 'My Spaceship Is A Nutshell'. 


Pensam que, hoje em dia, a música que criam é mais importante do que a comunicação e o marketing que têm de fazer para a promover? 

Sabemos que os tempos já não são os mesmos das nossas influências. Não consideramos que se trate de uma questão de graus de importância. São situações igualmente importantes e consideramos que o processo de criação da nossa música nos inspira a promovê-la tendo em conta que só quando identificamos a entidade complexa que é uma obra somos capazes de a traduzir em palavras ou imagens. Não se promove música fugindo dela mesma! É um ato saudável e causa um impacto bastante notável.


De que revista não se importariam de estar na capa? 

Sem hesitar, na nacional Blitz! Fora do país, na Mojo. 


Primavera Sound, Glastonbury ou Lowlands?  

Primavera Sound.


Spotify, Pandora ou Grooveshark? 

Não somos utilizadores de nenhum deles. Ficamo-nos pelo gira-discos. Ah, e não podemos chamar-lhe 'streaming', mas somos fãs do Tradiio.


MP3, FLAC, WAV ou vinil? 

Vinil e WAV. 


Que nem o Prof. Marcelo, sugestões de cultura (literatura, cinema...) musical?

Como os nossos artistas de eleição são os Radiohead, as duas sessões 'Live From The Basement' (2008 e 2011), o documentário 'Meeting People Is Easy' (1998) e a coletânea 'The Most Gigantic Lying Mouth Of All Time' (2004) são imprescindíveis. O livro 'The Libertines Bound Together' (2006), acerca dos The Libertines, também é muito bom. 
O documentário 'Searching For Sugarman' (2012), baseado nos rumores acerca de Sixto Rodriguez e apesar de se ter tornado um pouco cliché, é incrível. Especialmente quando, ao vê-lo, reconhecemos as músicas.


Qual é a pergunta mais irritante que vos podem fazer? 

'Porque é que vocês não têm vocalista?' 


5 canções para 5 cenários/situações diferentes. 

Sigur Rós - Svefn-g-englar: atravessar o Ganges numa casca de amendoim.
Radiohead – Weird Fishes/Arpeggi: sonhar acordado.
Deepbreathers - Get Me Sparkling: começar o dia
The Durutti Column - The Missing Boy: recordando Ian Curtis.
Savages - Shut Up: ligar a televisão.

(Ufa! Esta foi difícil.)






Porquê Peão Ilustre?


Por volta das 17h, numa padaria qualquer, duas meias de leite e duas torradas. Peão Ilustre, e porque não?




Como definem a música que produzem?



Uma mistura entre graves ressonâncias, médios melancólicos e agudos melodiosos.


Qual é a vossa melhor canção?

Qual é o nosso filho preferido?...


Pensam que, hoje em dia, a música que criam é mais importante do que a comunicação e o marketing que têm de fazer para a promover?

São matérias distintas, ambas importantes, cada uma no seu galho, cada uma com o seu objectivo. No nosso entender, a música vem sempre em primeiro lugar. Já o poder de uma músicamúsicas advém do seu contexto e da forma como é comunicada. Infelizmente, hoje em dia, isto não parece ser uma prioridade. Gravar uma música, toda a gente o consegue. Saber como 'comunicá-la' já não é para qualquer um.


De que revista não se importariam de estar na capa?

É-nos completamente indiferente.


Primavera Sound, Glastonbury ou Lowlands?

Desde que estejamos rodeados de boas pessoas, “good vibes”, o local é o menos importante.


Spotify, Pandora ou Grooveshark?

Youtube.


MP3, FLAC, WAV ou vinil?

Desde que a música nos faça vibrar, esta pode até vir de uma torradeira e o seu formato respectivo...


Que nem o Prof. Marcelo, sugestões de cultura (literatura, cinema...) musical?

Livro: 'O Resto É Ruído' - Alex Ross
Documentário: 'Crimson Wing – O Mistério Dos Flamingos' - Matthew Aeberhard, Leander Ward
Evento: 'MicroVolumes - Sonoscopia' - Porto
Filme: '2001 - Odisseia no Espaço' – Stanley Kubrick


Qual é a pergunta mais irritante que vos podem fazer?

Para nós não existem perguntas irritantes, talvez respostas desinteressantes...


5 canções para 5 cenários/situações diferentes.

Arcade Fire - We Exist: pista de dança.
The Smiths - Headmaster Ritual: toque de telemóvel.
Einstürzende Neubauten - Total Eclipse Of The Sun: contemplação do céu.
Placebo - Pure Morning: preencher este questionário.
Marvin Gaye - I Heard It Through The Grapevine: tomar um duche.






Porquê, simplesmente, VANGER?

VANGER surgiu da palavra 'danger', palavra essa que se relaciona com muitos dos temas das minhas músicas, (ou) com as ideias que quero passar com as minhas músicas.


Como defines a música que produzes?

Podemos chamar-lhe de 'música cerebral'; acaba por ser uma espécie de diário onde desabafo através dos sons que gostaria de ouvir.


Qual é a tua melhor canção?


Não é fácil elevar uma das minhas músicas até a esse pedestal, mas penso que a 'OKOPYU' poderá ser a 'escolhida'.


Pensas que, hoje em dia, a música que criam é mais importante do que a comunicação e o 'marketing' que tens de fazer para a promover?

Gosto de distinguir os dois conceitos, mesmo sabendo que é no seu conjunto que reside um hipotético futuro como produtor. Porém, não há campanha que te safe se o sumo não prestar.


De que revista não te importarias de estar na capa?

Talvez a MixMag...sinceramente não sei!



Primavera Sound, Glastonbury ou Lowlands?

Outlook Festival.




Spotify, Pandora ou Grooveshark?

Spotify.



MP3, FLAC, WAV ou vinil?

MP3, mas os vinis são mais do que bem-vindos!


Que nem o Prof. Marcelo, sugestões de cultura (literatura, cinema...) musical?

'Shutter Island' e 'Fight Club'. Se lhes juntarmos uns quantos super-heróis fica a questão resolvida (ahahah)!


Qual é a pergunta mais irritante que te podem fazer?

Tudo o que comece assim: 'imagina que só tens duas opções, preferias...?'


5 canções para 5 cenários/situações diferentes.

Burial - Rough Sleeper: casa.
Felix Kubin - Let's Rock, Baby (remix): carro
Nightmares On Wax - Now is The Time: 'happy style'.
SBTRKT - Gamalena: 'club'.
Stand High Patrol - The Big Tree: trabalho





Porquê, simplesmente, Branco?

Branco é o meu nome de familia, é herança do meu pai. 
Foi fácil escolher um nome quando comecei a rimar, já era simplesmente o Branco.


Como defines a música que produzes?

'Rap', em parte 'rap-hardcore'. Gosto da música nua e crua, sem medo de estereótipos.


Qual é a tua melhor canção?

É dificil chegar a conclusão sobre a nossa melhor música. Acho que não nos cabe a nós essa decisão.
Estou sempre a tentar trabalhar para a melhor canção e conseguir estar preparado para fazer mais uma canção pode ser mais importante do que ouvires várias vezes aquela tua mesma canção/música. 


Pensas que, hoje em dia, a música que crias é mais importante do que a comunicação e o marketing que tens de fazer para a promover?

Sim, a música que fazes é que reflete o teu trabalho, é mais importante que todo o trabalho de comunicação e 'marketing' que acompanha cada trabalho. É a peça essencial: se não trabalhares bem musicalmente não te adianta muito teres uma boa promoção, vai estar a fazer 'publicidade enganosa' e dessa já existe muita.


De que revista não te importarias de estar na capa?

Sinceramente, nunca pensei muito nisso.
Mas talvez numa nacional, Blitz, TimeOut ou Umbigo.
São revistas que leio com regularidade, era fácil deparar-me com elas.


Primavera Sound, Glastonbury ou Lowlands?

Primavera Sound - os outros dois fui obrigado a pesquisar para saber que festivais eram, o Primavera Sound já conhecia.
Sem nunca ter ido a nenhum é difícil escolher. 


Spotify, Pandora ou Grooveshark?

Por utilizar com mais frequência escolheria o Soundcloud.
Sendo dessa lista talvez o Spotify. Tem um bom motor de pesquisa. 


MP3, FLAC, WAV ou vinil?

Cada coisa para o seu fim, acho eu.
Se pudesse seria sempre vinil, por toda a história e beleza que existe no disco e nos leitores antigos, mas é necessário muito diggin' para encontrares o que queres.
WAV cada vez que se pede qualidade para trabalhar e MP3 como hábito leve de ouvir música: tens qualidade comprimida e podes criar uma biblioteca de músicas com facilidade.
CD, até riscar, é a melhor opção.


Que nem o Prof. Marcelo, sugestões de cultura (literatura, cinema...) musical?

Cinema: estamos a passar por um 'boom' neste momento, após os Óscares, estão a sair bons filmes. Não sou muito de sugerir, porque as sugestões dependem muito de quem pede e do estado de espírito em que essa pessoa se encontra - queres rir, não podes ver um filme de drama, vice-versa. Junto a música ao cinema e sugiro 'Whiplash' para quem ainda não viu. É bom para ver em qualquer altura.
Música e Literatura: são dois pontos onde também gosto de fazer a junção. Leio enquanto estou a ouvir instrumentais para a leitura ter outro parecer - acho que deviam tentar. Não compro/leio livros novos há algum tempo, tenho os mesmos de sempre em casa e são esses que por vezes levam uma leitura. Um deles é 'Uma Longa Caminhada' de Ismael Beah: já tem uns anos mas aconselho vivamente para quem tem tempo para ler. Eu só tenho lido jornais e revistas ultimamente mas para estar atualizado culturalmente não há melhor.


Qual é a pergunta mais irritante que te podem fazer?

Não sou muito de me irritar com perguntas, mas às vezes o tipico 'não dormiste?'. 


5 canções para 5 cenários/situações diferentes?

Criôlo - Não Existe Amor Em SP: 'phones' pela cidade, a observar as paredes todas riscadas.
XNOIR - Lumière (SRVVL Remix): 'worktime', em qualquer altura do dia.
Old Dirty Bastard - Got Your Money: em casa, música alta.
SZA feat. Kendrick Lamar - Babylon: desde que exista um bom sistema, ouve-se bem em qualquer lado.
Deau feat. Expeão - Andorinha: enquanto estás a ver o video, pensa no ciclo das andorinhas.





Porquê SEASE?

Temos, os três, uma percepção de calma e serenidade relativamente ao mar que achamos que se transmite na nossa sonoridade. Queríamos um nome pequeno e que dissesse algo sobre nós e decidimos juntar as duas palavras SEA e EASE. SEASE serviu a todos.


Como definem a música que produzem?

A nossa música é para nós algo confortável, estável e de equilíbrio.

 
Qual é a vossa melhor canção?

Temos dificuldade em destacar uma especialmente, porque nos empenhámos em todas de forma igual. Fizemos tudo para que, a nosso ver, não houvesse uma música pior ou melhor.

 
Pensam que, hoje em dia, a música que criam é mais importante do que a comunicação e o marketing que têm de fazer para a promover?

É mais importante o conteúdo musical de uma banda e há-de ser sempre. No entanto, cada vez mais a comunicação e o 'marketing' começam a sobrepor-se ao que realmente interessa: a música.


De que revista não se importariam de estar na capa?

Pitchfork.

 
Primavera Sound, Glastonbury ou Lowlands? 

Glastonbury.

 
Spotify, Pandora ou Grooveshark?

Não utilizamos nenhuma dessas plataformas.

 
MP3, FLAC, WAV ou vinil?

WAV.

 
Que nem o Prof. Marcelo, sugestões de cultura (literatura, cinema...) musical?

O Prof. Marcelo aprova Borderlands, Above The Hate, Golden Slumbers, VOLK e Miss Titan.


Qual é a pergunta mais irritante que vos podem fazer?

Somos bebés e é a nossa primeira entrevista, o que desqualifica esta pergunta.

 
5 canções para 5 cenários/situações diferentes.

Nicolas Jaar - Être: para ouvir atentamente e sem interrupções.
King Krule – Cementality: no autocarro a caminho de casa.
Gustavo Santaolalla - The Last of Us: para desligar do mundo.
Dillon Francis & Kill The Noise – Dill The Noise: com amigos e danças estúpidas.
Astroid Boys – Mingingpara quando é preciso trabalhar e não há energia.




1 comentários:

musicmariopunk/rocker disse...

Sease bem aproveitado podia partir isto tudo !!!

Enviar um comentário

Twitter Facebook More

 
Powered by Blogger | Printable Coupons