sábado, 12 de abril de 2014

DE E POR: TV RURAL - "BARBA" (2014, Azáfama)

Seis novas músicas gravadas sem os constrangimentos de estúdio ao longo de três dias na Estudantina Recreativa de São Domingos de Rana, com visitas de amigos, família e de inspiração social para um concerto intimista que registámos aqui e que acompanha, na forma de filme-concerto, a edição física de "Barba".
O álbum, esse, fica para ser concluído mais tarde e noutras direcções.
Em 2014, os TV Rural regressam aos discos com um novo EP e transitam da Chifre para a Azáfama e directamente para o palco do Teatro do Bairro logo mais na grande festa de família da editora. O que mora nas canções de "Barba", pelos próprios.







INTRO

As duas primeiras têm algo que ver com o sono...aquele ambiente onírico. A “Intro” tem as vozes a aparecerem do fundo e a criar um ambiente meio estranho que não se percebe se é realidade ou não. Não chega a ser uma canção. (João Pinheiro)
Tal como o nome indica, “Intro” é a abertura do EP “Barba”. Sem grandes demoras leva-nos para o ambiente pretendido,  aquele momento em que não percebes bem se estás acordado ou a dormir, em que o volume do mundo  tanto parece estar alto como baixo e em que deixas que a coisa te enrole... serve de cama à música que se segue. (David Jacinto)


EM MENOS DE MEIA HORA

É uma canção simples...(João Pinheiro)
...e bonita em torno da ideia que também te é importante, enquanto edificador de carácter,  aquilo que vives nos sonhos, onde as leis da física são deturpáveis e despegadas de constrangimentos sociais. (David Jacinto)


ADMITE QUE ESTÁS DE VOLTA

É uma canção que dá a sensação de estar a sempre a crescer... tem um lado mais "acredita em ti"... (João Pinheiro)
É isso, do género: “um gajo assumir o papel que tem” (David Jacinto)
...assumir as coisas de frente. (João Pinheiro)
Lá para o fim tem uma frase pujante: “agora vá de vestir calças e dizer com convicção, está tudo bem!” (David Jacinto)


ELES DERAM AS MÃOS

É talvez a canção mais complexa do disco a nível de estrutura. A letra leva para a canção de intervenção, com algumas frases de ordem, algo pouco comum em TV Rural. (João Pinheiro)
Não só a letra como também a música... (David Jacinto)
Sim, sim... com ritmos mais populares e malhas cantáveis... poderia funcionar como uma canção para cantar à guitarra. (João Pinheiro)
A letra é muito baseada no que se tem vivido nos últimos anos, tempos de muita contestação social, e leva-nos para essas ideias...tens o refrão onde de certa forma  tentas puxar o ouvinte para aquilo que é a tua luta... (David Jacinto)
E apelar à união que é uma coisa cada vez mais difícil de acontecer, porque o pessoal está preocupado é com ganhar o pão... (João Pinheiro)
Exato, há até uma frase que remete para isso precisamente: “uma sombra passa alguém acena e já perdi o teu olhar”...portanto estávamos aqui numa conversa com um certo teor político ou não, e de repente...foi...já passou. (David Jacinto)


OLHA QUE BEM

É uma música mais densa, mais negra ao nível de paisagem sonora, em que usámos pela primeira vez recursos da electrónica como os samples. É uma música estruturalmente simples , AB-ABC... (João Pinheiro)
A letra desta canção é também uma letra simples, que remete o sujeito poético para uma situação de discussão em ambiente familiar, em que mais tarde ou mais cedo tudo volta ao normal. (David Jacinto)
A nível musical é mais forte com ambientes mais paisagísticos e menos contundentes... percussões mais redondas, guitarras com mais efeitos, mais etéreas...também há mais recurso a guitarras acústicas, que neste disco têm uma presença bastante forte. (João Pinheiro)
E ao mesmo tempo bem combinadas com a letra (David Jacinto)


SAIO DAQUI A OLHAR EM FRENTE

Uma música mais antiga, que num momento de inspiração sofreu um rearranjo, uma abordagem diferente que de certa forma fez renascer o interesse nesta canção. (João Pinheiro)
É mais uma música daquelas que te tenta dar força, do tipo “aguenta-te que consegues...” (David Jacinto)
É talvez a música mais rock deste disco, e que funciona muito bem a fechar o “Barba”. (João Pinheiro)




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